O possível aumento futuro de recursos para iniciativas do governo federal voltadas à juventude foi recebido com cautela pela ala jovem do PSDB.
Nesta terça-feira, 11, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou projeto de lei que destina 2% da arrecadação das loterias ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). A medida pode resultar num repasse de R$ 176 milhões ao projeto.
“É importante e ao mesmo tempo preocupante. O ProJovem é um bom programa, tem recursos, mas não tem gestão”, afirmou o Secretário Nacional da Juventude do PSDB, Wesley Goggi.
Criado em 2005 para integrar os jovens de 18 a 29 anos à escola e oferecer qualificação profissional para os trabalhadores e adolescentes, das cidades e do campo, o programa conta com um orçamento de R$ 3 bilhões.
Denúncias
De acordo com informação do site do jornal O Globo, de 03 de outubro, o ProJovem acumula um uma série de fracassos em seis anos de vigência. As denúncias vão do descontrole financeiro e das frequências dos beneficiados ao superfaturamento das despesas como atestado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O ProJovem Urbano, por exemplo, foi cancelado, teve a coordenadora demitida e ainda não teve analisadas 87% das prestações de contas.
Em agosto, o próprio governo reconheceu a ineficiência do ProJovem e o retirou da Secretaria Nacional da Juventude, passando sua gestão para o ministério da Educação.
Para Leonardo Felipe, Secretário-Geral da Juventude do PSDB, “o MEC não dá conta nem do Enem que é uma prova. Vai ser outro fiasco em termos de administração, pois não há acompanhamento nem fiscalização de um programa que é positivo”.
Felipe também lamentou a decisão do governo tomada sem que o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) fosse ouvido.
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