E nós, o que estamos esperando?

Por João Felipe Borges

Ao decorrer dessa última semana, entre vários fatos ocorridos, dois deles me chamaram a atenção. O primeiro ocorrido no Chile, onde aproximadamente 400 mil pessoas foram às ruas. O segundo na Argentina, onde mais de 70 mil pessoas também fizeram o mesmo… Em ambos os casos, que somados totalizam quase meio milhão de protestantes, entre eles alunos e professores, clamavam em uma só voz, Educação.

Comparados a estes dois países o Brasil tem maior taxa de analfabetos, tem menor tempo de alunos na escola e gasta menos na Educação. A diferença é que Chilenos e Argentinos não se dão por satisfeitos, pois sabem que uma educação de qualidade é o pilar de qualquer país desenvolvido.

No Brasil o governo investe aproximadamente 4,3% do PIB, o que é muito pouco, menos da metade que gastam os países desenvolvidos na casa dos 10%. Mas mesmo com todos esses contras, nos encontramos acomodados. O que explica toda essa acomodação? Seria o descaso com a educação que ao longo do tempo nos deixou surdos, cegos e mudos? Ou seria o “jeitinho brasileiro” sempre despreocupado? Cansei de ser o País do Futuro, quero ser o País do Agora! Até 2030 vivemos o que especialistas chamam de bônus demográfico, depois disso o país começa a ficar velho, temos quase 20 anos pela frente para mudarmos essa situação, a hora é agora! Ou será que deixaremos para última hora como manda o tal “jeitinho”? Não podemos postergar questões tão importantes para o nosso presente e futuro!

No Egito, debaixo dos pés pesados do Islã e do ditador Hosni Mubarak, as pessoas se aproveitaram da grande rede e após se organizarem pelo facebook, derrubaram uma ditadura de 30 anos.

E nós, o que estamos esperando? Temos uma democracia que os egípcios não tinham, temos a grande rede ao nosso favor, vamos utilizar o facebook e outras redes sociais para discutirmos coisas além da balada de ontem à noite ou a balada de hoje à noite, vamos aproveitar os encontros informais e dialogar, vamos nos reunir através de ONGs, Associações, Grêmios estudantis, Partidos políticos. O que estou sugerindo é uma revolução na educação, e toda revolução depende inicialmente da força da juventude, por isso jovens, acordem e vamos à luta!

João Felipe Borges é atualmente Presidente da Juventude do PSDB de São Francisco de Itabapoana.